22 de março de 2012
Os Cantos do Corpo - Isabel Aragão.
8 de março de 2012
Nunca é demais ler a poesia de Maria Tereza Horta.
A obra de Maria Tereza Horta encontra-se marcada por uma forte tendência de experimentação e exploração das potencialidades da linguagem, numa escrita impetuosa e frequentemente sensual. Nas un iversidades brasileiras ela é estudade e muito amada por professores e alunos, seduzidos pela qualidade do que escreve, seja poesia, seja ficção. Escritora portuguesa, nascida em 1937 em Lisboa. Estudou na Faculdade de Letras de Lisboa, enveredando depois pela carreira jornalística. Dirigiu o ABC Cine-Clube e fez parte do grupo Poesia 61. Colaborou em jornais e revistas (Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Jornal de Letras e Artes, Hidra 1, entre outros) e foi chefe de redação da revista Mulheres. Feminista, publicou, com Maria Velho da Costa e Isabel Barreno, as Novas Cartas Portuguesas (1971), cujo conteúdo levou as autoras a tribunal.
Estreou-se com a obra poética Espelho Inicial (1960), a que se seguiram, Tatuagem (1961), Cidadelas Submersas (1961), Verão Coincidente (1962), Amor Habitado (1963), Candelabro (1964), Jardim de Inverno (1966), Cronista Não é Recado (1967), Minha Senhora de Mim (1971), Poesia Completa (1983, dois volumes), e as obras de ficção Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970), Ana (1975), A Educação Sentimental (1975), Os Anjos (1983), Ema (1984), O Transfer (1984), Rosa Sangrenta (1987), Antologia Política (1994), A Paixão Segundo Constança H. (1994) e O Destino (1997).
Em 1999, lançou a obra A Mãe na Literatura Portuguesa, constituída por uma longa introdução da autora, depoimentos de várias individualidades, uma antologia de poesia e prosa de escritores portugueses e no fim um conjunto de quadras e provérbios, tudo em torno da temática da mãe.
Maria Tereza Horta soube olhar para o passado literário português tão apaixonadamente quanto explorou a realidade do seu presente histórico, sempre se colocando criticamente face as mazelas do seu tempo. Em seu livro Minha Senhora de Mim (1971), ela volta-se para o passado medieval, devassa os cancioneiros que compilam as Cantigas de Amigo trovadorescas, com o mesmo ímpeto de resgatar o discurso feminino falsamente representado nas mesmas pelos seus autores do sexo masculino.
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